sábado, 5 de dezembro de 2009

A verdadeira morada da alma


Platão viveu de 427 a 347 a.C.em Atenas. Discípulo de Sócrates teve como seu primeiro trabalho filosófico a publicação do discurso de defesa do mestre.

O grande inspirador do filme Matrix com o seu texto a Alegoria da Caverna questionava como a natureza pode fazer coisas iguais e como podemos reconhecê-las.

Ele acreditava que existia uma espécie de forma! Uns seres ficariam um pouco diferentes dos outros, mas em sua essência seriam iguais. A isso ele dava o nome de idéia.

Não existem dois seres humanos iguais, nem dois golfinhos, mas será que fomos feitos em uma mesma forma? É claro que ao olharmos para algo, hoje em dia um pouco mais difícil do que naquela época, saberemos se é um ser humano ou outra coisa qualquer, conhecemos a idéia de ser humano!

Você acha que existem coisas que são eternamente imutáveis e outras que fluem constantemente?

Platão achava que sim, que a razão, por exemplo, é eterna e imutável e que tudo na natureza flui o tempo todo e está sempre mudando, se desintegrando.

Sendo assim nunca conheceremos verdadeiramente algo ou alguém já que ele está sempre em transformação. Só podemos ter opiniões incertas sobre eles.

Dados matemáticos nunca se alteram, nem a razão. Já no mundo dos sentidos não podemos ter senão um conhecimento aproximado ou imperfeito fazendo uso dos nossos cinco sentidos. Assim ele achava que não conhecíamos o mundo verdadeiro, fora da Matrix, já que a visão, por exemplo, pode mudar de pessoa para pessoa mas não a razão.

Platão dizia que o homem é um ser dual. Que seu corpo flui e está ligado aos sentidos compartilhando do mesmo destino de todos as outras coisas no mundo, mas que possuíamos uma alma imortal que seria a morada da razão. E como ela não é material podemos ter acesso ao mundo das idéias.

Bizu nº 1: Nunca se satisfaça com os reflexos das idéias, com as sombras. Busque!

Em seu texto mais famoso, A Alegoria da Caverna, Platão pede para que imaginemos que um grupo de pessoas nasceu em uma caverna e estão presas de costas para a entrada da mesma. Atrás delas ergue-se um muro e por trás do muro figuras humanas passam carregando objetos ou com animais por uma fogueira que projeta as sombras na parede da caverna.

Assim as únicas coisas que as pessoas da caverna puderam ver até hoje são estas sombras. E como só viram isto elas acreditam que as sombras sejam as únicas coisas que existem.

Porém um deles se liberta, primeiro ele questiona de onde vem as sombras, em busca da verdade sai da caverna e não consegue enxergar devido a forte luz do sol do lado de fora da caverna assim como quando o Neo desperta da Matrix pois ele nunca havia usada seus olhos.

Aos poucos ele começa a distinguir as cores e contornos precisos do mundo. Vê animais e flores de verdade e se toca que as sombras na caverna não passam de imitações baratas do mundo real.

As pessoas que ainda vivem na caverna não lhe saem da cabeça e ele decide voltar para libertá-las.

Assim que chega ele tenta contar aos moradores da caverna que as sombras não são a realidade, mas ninguém acredita nele, o julgam louco e por fim acabam matando-o.

Este texto reflete uma imagem da coragem e da responsabilidade pedagógica de um filosofo que deve nos libertar da Matrix e retrata o papel de seu grande mestre: Sócrates.

Bizu final: Saia da Caverna!

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